A necessidade de rezar sempre
Ex 17,8-13
Sl 120
2Tm 3,14-4,2
Lc 18,1-8
Como é sabido, um dos temas mais
caros ao evangelista Lucas é o do valor da oração. Jesus mostra várias vezes
aos discípulos “a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir” (18,1).
Na parábola lida neste Domingo, Jesus conta a história de um juiz injusto que
acaba aceitando o pedido de uma pobre viúva, não porque queria fazer isto, mas
pela insistência daquela mulher. Ora, se um homem como este age desta maneira,
como não agirá Deus, que é movido por tanto amor aos seus filhos, sempre que
estes lhe pedirem o que precisam?
Isto nos mostra a necessidade de
rezarmos sempre, com insistência. No livro do Êxodo, temos uma clássica
passagem, em que Moisés intercede do alto da colina pelo exército de Israel que
combate contra os amalecitas. “E, enquanto Moisés conservava a mão
levantada, Israel vencia; quando abaixava a mão, vencia Amalec” (17,11).
Diante do cansaço de Moisés e sabendo da necessidade de ele continuar
abençoando o exército, a solução de Aarão e Ur foi bastante criativa: tomaram
os braços de Moisés, um de cada lado, até o fim do combate, que trouxe a
vitória aos israelitas.
Uma das maiores dificuldades espirituais
de nossos tempos é encontrar tempo (e disposição) para rezar. O mal de que falamos
é a “acídia”. É muito mais do que preguiça – na verdade, a preguiça é uma
consequência da acídia. A acídia é conhecida como o “demônio do meio-dia”, ou
seja, aquele tédio que nos apanha no momento de maior cansaço. Não temos
vontade de fazer nada: muito menos rezar! O Papa Francisco dizia que só se
vence este “demônio” com a paciência da fé!
Como podemos crescer na fé, num
momento destes? “Talvez uma prática espiritual sábia possa vir em auxílio desta
dificuldade: a das chamadas orações jaculatórias. Do que se trata?
Orações muito curtas, fáceis de memorizar, que podemos repetir frequentemente
durante o dia, no decorrer de várias atividades, para ficarmos ‘sintonizados’
com o Senhor. Tomemos alguns exemplos: Senhor, agradeço-te e ofereço-te este
dia... Vem, Espírito Santo... Jesus, confio em ti, Jesus, amo-te...
Pequenas orações, mas que nos mantêm em contato com o Senhor. Quantas vezes
enviamos ‘pequenas mensagens’ a pessoas que amamos! Façamo-lo também com o
Senhor, para que o coração permaneça ligado a Ele” (Papa Francisco, Angelus,
16.10.2022).
* Para meditar as leituras deste 29º Domingo do Tempo Comum, acesse: Arquidiocese de Mariana.
Comentários
Postar um comentário