O que faço para ser discípulo?

  

23º Domingo do Tempo Comum
Sb 9,13-18
Sl 89
Fm 9b-10.12-17
Lc 14,25-33

 

            Jesus propõe hoje aos discípulos um questionamento: quando alguém vai iniciar uma construção, “não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar?” (Lc 14,28).

            As pessoas que têm experiência em grandes caminhadas e peregrinações costumam dizer: o sucesso de uma boa viagem está relacionado não apenas ao caminho percorrido mas, antes disso, à forma como se prepara a mochila para se tomar a estrada. De fato, se levamos coisas demais, a mochila se torna pesada e o cansaço pode nos abater pelo caminho. Se levamos coisas “de menos”, a falta dos suprimentos poderá atrasar a viagem. É preciso saber escolher bem o que levar para o caminho!

            No caminho do discipulado de Jesus, não é diferente! Devemos deixar para trás o que atrapalha de caminhar, devemos levar apenas o necessário para a missão.

O que devemos deixar? “Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (14,26). Pode parecer radical, mas para seguirmos a Jesus é preciso deixar todos os nossos projetos pessoais. É preciso abandonarmo-nos aos caminhos do Senhor. Afinal, “Qual é o homem que pode conhecer os desígnios de Deus?” (Sb 9,13)

O que devemos levar? “Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo” (14,27). Apenas a cruz de Cristo deve ser levada pelo bom discípulo. Que significa isto? A cruz do cumprimento fiel à missão, a cruz da disponibilidade em viver a vontade do Pai, haja o que houver.

 

* Para meditar as leituras deste 23º Domingo do Tempo Comum, acesse: Arquidiocese de Mariana.