E subiu à montanha para rezar
Sl 26
Fl 3,17-4,1
Lc 9,28b-36
Na
caminhada quaresmal, deparamo-nos com o relato evangélico da Transfiguração.
Jesus tem consciência de sua missão e sabe muito bem onde suas escolhas irão
levá-lo: até a cruz, rejeitado pelos seus irmãos. Neste caminho, o Cristo tem
necessidade de preparar-se pela oração, subindo ao monte, na presença de três
de seus apóstolos. “Jesus levou consigo
Pedro, João e Tiago, e subiu à montanha para rezar” (Lc 9,28b).
No
alto do monte, durante a oração, Jesus parece fazer uma experiência de
eternidade. Passado, presente e futuro se misturam: a história de Israel está
integralmente ali, representada pelos patriarcas (Moisés) e pelos profetas
(Elias). O presente de sofrimento e as dificuldades da missão são também uma
realidade, pois “conversavam sobre a
morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém” (9,31). Mas a história não
acabará com a morte! Permanece a esperança viva na ressurreição, que Cristo já
antecipa aqui: “Enquanto rezava, seu
rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante” (9,29).
Conosco,
discípulos de Cristo, acontece o mesmo! Na oração, trazemos nossas histórias,
nosso passado de experiências e encontros, nosso pensamento povoado de rostos.
Na oração, apresentamos as dificuldades que estão à nossa volta e dentro de nós
– e são tantas! Mas é sobretudo pela oração que experimentamos a Ressurreição,
na força da esperança de vencermos as angústias, amparados pelas promessas de
Cristo.
“Continuai firmes no Senhor” (Fl 4,1), é
o convite do Apóstolo a nós. Quaresma é tempo de intensificarmos nossa vida de
oração! Pela oração, continuemos caminhando em direção à Páscoa, enfrentando de
cabeça erguida os contratempos do caminho, sempre com os “olhos fixos em Jesus” (Hb 12,2). Lembremo-nos de que “a esperança não decepciona” (Rm 5,5).
* Para meditar as leituras deste 2º Domingo da Quaresma, acesse: Arquidiocese de Mariana.

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