É preciso festejar e alegrar-nos

 

4º Domingo da Quaresma:
Js 5,9a.10-12
Sl 33
2Cor 5,17-21
Lc 15,1-3.11-32

 

            O 4º Domingo da Quaresma é conhecido como Domingo Laetare, ou da Alegria. As leituras apontam para esta consolação próxima, que Deus mesmo concederá ao povo – consolação que é a sua presença em nossas vidas, especialmente a partir da Ressurreição de seu Filho. Na parábola do “filho pródigo”, as palavras do pai são um sinal desta alegria que Deus sente quando estamos juntos a Ele: “Era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado” (Lc 15,31-32).

            É claro que queremos sentir esta alegria da presença de Deus em nossas vidas. Mas para isto, é preciso nos colocarmos a caminho! Na parábola contada por Jesus, o filho pródigo, ao reconhecer que nada do que ele havia projetado lhe trouxe verdadeira felicidade, tomou a firme decisão: “<Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados>. Então ele partiu e voltou para seu pai” (15,18-19). Este foi certamente o momento mais importante de sua vida! O primeiro passo, o mais difícil... Mas o início de uma longa caminhada, que lhe levará à alegria do reencontro!

            Cada um deve se perguntar... Em qual área da minha vida ainda preciso de conversão, de retornar para Deus? Coloquemo-nos a caminho!

Também o livro de Josué narra a experiência do caminho e do reencontro. O povo, após um longo tempo de escravidão no Egito e de caminhada pelo deserto, finalmente chega à terra de Israel. Já não mais precisavam de comer dos frutos amargos do deserto, mas “naquele ano comeram dos frutos da terra de Canaã” (Js 5,12).

            Vivemos neste momento duas oportunidades privilegiadas para rezarmos com esta situação: a Quaresma, caminho que nos prepara para a alegria da Páscoa, e o Ano Santo/Jubileu de 2025, que reforça em nossos corações a consciência de sermos peregrinos de esperança. Tomemos sempre mais consciência desta condição e assumamos o compromisso de trilharmos este caminho de retorno ao Pai, onde verdadeiramente encontramos a felicidade!

            Neste caminho, temos um alimento indispensável, a Eucaristia. Assim como o maná alimentava o povo pelo deserto, Cristo nos alimenta até chegarmos ao final de nosso caminho.

 

* Para meditar as leituras deste 4º Domingo da Quaresma, acesse: Arquidiocese de Mariana.

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