É feliz quem a Deus se confia!
Sl 1
1Cor 15,12.16-20
Lc 6,17.20-26
A
liturgia da Palavra deste Domingo segue um tema muito presente na Sagrada
Escritura: os dois caminhos possíveis que o ser humano pode escolher e os dois
destinos a que se chega ao final destes caminhos.
O
primeiro caminho é o da justiça, da confiança no Senhor. “Bendito o homem que confia no Senhor, cuja esperança é o Senhor”
(Jr 17,7). “Eis que ele é semelhante a uma
árvore, que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu
tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai
prosperar” (Sl 1,3).
O
segundo caminho é o da impiedade, o de confiar apenas no homem, nas coisas do
mundo. “Maldito o homem que confia no
homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto o seu coração se
afasta do Senhor” (Jr 17,5). “Mas
bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário são iguais à palha seca
espalhada e dispersada pelo vento” (Sl 1,4).
Estes
trechos do Antigo Testamento proclamam que, aqueles que trilham o caminho do
bem, recebem o bem. Os que são maus, colherão o mal.
Mas
será que é mesmo assim?
No
Sermão da Planície, Jesus fala também a respeito destes dois caminhos. São
proclamadas algumas bem-aventuranças para os justos e alguns “ais” para os que
trilham o caminho da impiedade. Mas o curioso é que Jesus fala para uma parcela
da população que não tem diante de seu horizonte nenhuma recompensa pela
justiça que praticaram. Jesus está se dirigindo à gente sofrida: pobres, famintos,
perseguidos... Está diante de Jesus um povo explorado, marginalizado, sufocado.
Que consolação pode ser esta que Ele está prometendo? A consolação de Cristo
vai além... É uma bem-aventurança no céu: “Alegrai-vos,
nesse dia, e exultai pois será grande a vossa recompensa no céu” (Lc 6,23).
Mesmo
que não haja consolações imediatas nesta vida, é preciso continuar trilhando o
caminho da justiça. Aguarda-nos uma felicidade eterna, que não passa jamais: “Se é para esta vida que pusemos a nossa ESPERANÇA
em Cristo, nós somos – de todos os homens – os mais dignos de compaixão”
(1Cor 15,19). Neste Jubileu da Esperança, vale a pena meditar sobre isto...
* Para meditar as leituras deste 6º Domingo do Tempo Comum, acesse: Arquidiocese de Mariana.
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