Este foi o início dos sinais de Jesus
Sl 95
1Cor 12,4-11
Jo 2,1-11
Estamos
iniciando o Tempo Comum. Longe de ser um tempo secundário, o Tempo Comum é uma
oportunidade de contemplarmos o Cristo que vai, Domingo a Domingo, revelando
aspectos importantes sobre quem Ele é, sobre sua missão. Neste ano C da
liturgia, meditamos o belo texto das chamadas “Bodas de Caná”, o primeiro sinal
de Jesus segundo o evangelista João. “Este
foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e
manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele” (2,11).
Diante
da necessidade dos noivos e a pedido de sua mãe, Jesus transforma água em
vinho. Sabemos muito bem que esta transformação é sinal de uma realidade muito
maior que simplesmente a transformação do elemento água no elemento vinho,
fruto da videira. O sinal de Jesus simboliza a transformação interior que sua
Palavra pode causar no interior daqueles que aderem a ela – “tu guardaste o vinho melhor até agora!”
(2,10).
Mas
o texto aponta também para uma realidade importante, que será levada a pleno
cumprimento com o mistério pascal de Cristo: a união entre Deus e a humanidade,
simbolizada pela imagem do matrimônio, das bodas. Deus já havia dito pelo
profeta Isaías que Ele mesmo tomaria Israel por esposa, para salvá-la da
humilhação diante das nações: “teu nome
será Minha Predileta e tua terra será a Bem-Casada, pois o Senhor agradou-se de
ti e tua terra será desposada” (62,4).
Participando
das Bodas de Caná, Jesus mostra, logo no início de seu ministério público, que
Ele será este esposo esperado por Israel, a Igreja. Sua missão neste mundo será
unir-se totalmente, intimamente à sua amada, para salvá-la através do amor. É
claro que os discípulos não entenderam isto imediatamente. Esta mensagem só
será bem compreendida com a morte e ressurreição de Cristo. Em João, por
exemplo, esta união eterna entre Cristo e a Igreja será simbolizada pela
presença de Maria aos pés da Cruz ou de Maria Madalena na manhã da
Ressurreição. “Amou-os até o fim”
(Jo 13,1).
Aproveitemos,
portanto, o início deste novo tempo litúrgico para avaliarmos como anda nossa
união com Cristo. Sempre é possível corresponder melhor ao seu projeto para
nós!
* Para meditar as leituras deste 2º Domingo do Tempo Comum, acesse: Arquidiocese de Mariana.

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