Este foi o início dos sinais de Jesus


2º Domingo do Tempo Comum:
Is 62,1-5
Sl 95
1Cor 12,4-11
Jo 2,1-11

 

            Estamos iniciando o Tempo Comum. Longe de ser um tempo secundário, o Tempo Comum é uma oportunidade de contemplarmos o Cristo que vai, Domingo a Domingo, revelando aspectos importantes sobre quem Ele é, sobre sua missão. Neste ano C da liturgia, meditamos o belo texto das chamadas “Bodas de Caná”, o primeiro sinal de Jesus segundo o evangelista João. “Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele” (2,11).

            Diante da necessidade dos noivos e a pedido de sua mãe, Jesus transforma água em vinho. Sabemos muito bem que esta transformação é sinal de uma realidade muito maior que simplesmente a transformação do elemento água no elemento vinho, fruto da videira. O sinal de Jesus simboliza a transformação interior que sua Palavra pode causar no interior daqueles que aderem a ela – “tu guardaste o vinho melhor até agora!” (2,10).

            Mas o texto aponta também para uma realidade importante, que será levada a pleno cumprimento com o mistério pascal de Cristo: a união entre Deus e a humanidade, simbolizada pela imagem do matrimônio, das bodas. Deus já havia dito pelo profeta Isaías que Ele mesmo tomaria Israel por esposa, para salvá-la da humilhação diante das nações: “teu nome será Minha Predileta e tua terra será a Bem-Casada, pois o Senhor agradou-se de ti e tua terra será desposada” (62,4).

            Participando das Bodas de Caná, Jesus mostra, logo no início de seu ministério público, que Ele será este esposo esperado por Israel, a Igreja. Sua missão neste mundo será unir-se totalmente, intimamente à sua amada, para salvá-la através do amor. É claro que os discípulos não entenderam isto imediatamente. Esta mensagem só será bem compreendida com a morte e ressurreição de Cristo. Em João, por exemplo, esta união eterna entre Cristo e a Igreja será simbolizada pela presença de Maria aos pés da Cruz ou de Maria Madalena na manhã da Ressurreição. “Amou-os até o fim” (Jo 13,1).

            Aproveitemos, portanto, o início deste novo tempo litúrgico para avaliarmos como anda nossa união com Cristo. Sempre é possível corresponder melhor ao seu projeto para nós!

 

* Para meditar as leituras deste 2º Domingo do Tempo Comum, acesse: Arquidiocese de Mariana.

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