Deixaram tudo e seguiram a Jesus


5º Domingo do Tempo Comum:

Is 6,1-2a.3-8

Sl 137

1Cor 15,1-11

Lc 5,1-11


A Liturgia da Palavra do 5º Domingo do Tempo Comum é um verdadeiro “hino vocacional”. Em todas as leituras percebemos o itinerário vivido por aqueles que são chamados por Deus a consagrar-se totalmente pelo Reino. São três os passos sobre os quais meditaremos: 1) o encontro com a misericórdia de Deus; 2) a consciência da fragilidade humana diante da missão; 3) a disposição a entregar-se totalmente a fazer a vontade do Senhor.

No evangelho de Lucas, a experiência com a misericórdia de Deus é feita a partir da pesca milagrosa: “e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam” (5,6). Diante disto, Pedro logo notou sua indignidade de estar diante daquela revelação: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” (5,8). Diante de um sinal tão grandioso e do chamado por Jesus, Pedro Tiago e João agiram sem titubear: “levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram a Jesus” (5,11).

O mesmo aconteceu na vocação do profeta Isaías. Teve um encontro profundo com o Senhor: “vi o Senhor sentado num trono de grande altura; o seu manto estendia-se pelo templo” (6,1). Considerou-se indigno daquele chamado: “Ai de mim, estou perdido! Sou apenas um homem de lábios impuros, mas eu vi com meus olhos o rei, o Senhor dos exércitos” (6,5). Mas não ficou paralizado, entregou-se à vontade de Deus: “Aqui estou! Envia-me” (6,8).

Não é diferente com Paulo, que conta de sua experiência com o Cristo ressuscitado: “por último, apareceu também a mim, como a um abortivo” (1Cor 15,8). Sabia bem de sua pequenez, de seu pecado: “eu sou o menor dos apóstolos, nem mereço o nome de apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus” (15,9). Encontrando-se com tão grande mistério, dispôs toda a sua vida para anunciar esta Boa-nova: “É pela graça de Deus que eu sou o que sou. Sua graça para comigo não foi estéril: a prova é que tenho trabalhado mais do que os outros apóstolos - não propriamente eu, mas a graça de Deus comigo” (15,10).

Esta é também a história de cada um de nós! Não deixemos de dizer sim ao chamado de Deus! Neste mês de fevereiro, o Papa Francisco pede que rezemos de modo especial pelos jovens chamados à vida sacerdotal e religiosa - sejamos seus apoiadores e rezemos para que muitos queiram se consagrar totalmente ao Reino de Deus!


* Para meditar as leituras deste 5º Domingo do Tempo Comum, acesse: Canção Nova

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