Vinde, benditos de meu Pai!

 

Todos os fieis defuntos (Finados):
Is 25,6a.7-9
Sl 24
Rm 8,14-23
Mt 25,31-46

 

            Celebrar a comemoração de Todos os fieis defuntos, ou “Dia de Finados”, traz-nos sempre recordações daqueles entes queridos que já terminaram sua caminhada neste mundo terreno. É também uma importante oportunidade para meditarmos sobre a realidade da morte, mistério que sempre nos deixa apreensivos.

Diante da morte, experimentamos muitos sentimentos: tristeza, aflição, saudade... Mas, dentre todos, um não pode deixar de estar em nossos corações, a ESPERANÇA. Diante da morte, nos entristecemos e afligimos, sentimos saudades, mas não podemos perder a esperança, pois nossa esperança está firmemente ancorada em Cristo – morto e ressuscitado.

De fato, quando chegou a plenitude dos tempos, Deus Pai enviou ao mundo o seu Filho, que assumiu em tudo a condição humana, a ponto de morrer na Cruz e ressuscitar para a nossa salvação. Como a morte não tem a última palavra na vida de Cristo, mas é uma etapa que antecede a sua Ressurreição, a morte também não tem a última palavra em nossa vida, pois participamos da vida de Cristo pelo Batismo – aqueles que morrem em Cristo, ressuscitam “por Cristo, com Cristo e em Cristo” para uma vida nova.

Os textos proclamados neste dia apontam para esta esperança, que jamais deve sair de nossos horizontes diante da morte. “O Senhor Deus eliminará para sempre a morte, e enxugará as lágrimas de todas as faces, e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra” (Is 25,8). “Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós” (Rm 8,18). “Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo!” (Mt 25,34).

São Francisco de Assis chamava todas as criaturas de irmãs – o irmão sol, a irmã lua, o irmão vento, os irmãos animais... Francisco chamava de irmã também a “irmã morte” e dizia: Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã morte corporal! Quase que dizendo: quando ela me vier visitar, quero estar preparado, para ir ao encontro do Senhor de braços abertos, e viver por toda eternidade com Ele, no céu. A morte não é uma inimiga, mas nossa irmã!

Que, pela misericórdia de Deus, as almas dos fieis falecidos descansem em paz. E que nós vivamos bem nossa vida cristã, para que, quando formos visitados pela irmã morte (e todos seremos um dia, só não sabemos quando), estejamos preparados para irmos ao encontro do Senhor e vivermos para sempre com Ele e com os que já estão diante Dele, no céu.

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