Houve um casamento em Caná da Galileia
Est 5,1b-2; 7,2b-3
Sl 44
Ap 12,1.5.13a.15-16a
Jo 2,1-11
12
de outubro é um dia de grande festa para os brasileiros. A celebração de nossa
padroeira, Mãe Aparecida, sempre nos leva ao primeiro sinal de Jesus, no
evangelho de João: as bodas de Caná. O casamento na Sagrada Escritura é uma
imagem conhecida para referir-se a uma realidade que vai além da união entre os
esposos: o casamento humano simboliza a união indissolúvel entre Deus e seu
povo, Israel; entre Deus e a Igreja. Hoje, acompanhados por Maria, podemos meditar
uma vez mais sobre esta realidade tão bela.
“Houve um casamento em Caná da Galileia”
(2,1) – este casamento, portanto, é um símbolo da união entre Deus e o ser
humano, união querida pelo Criador desde o início dos tempos, quando criou o homem
e a mulher à sua imagem e semelhança.
“Como o vinho veio a faltar” (2,3) – para o povo de Israel, a falta
do vinho numa festa de casamento significava um mal presságio, algo não está
bem. Após a criação do ser humano, pelo pecado original, perdemos o vinho da
alegria de estarmos na presença de Deus, já não participamos da felicidade
verdadeira das bodas entre Deus e a humanidade.
“A mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho” (2,3) – é Maria
quem percebe a necessidade dos noivos. É Maria quem antecipa o sinal de Jesus.
É pela intercessão de Maria que Jesus transforma água em vinho; é por suas mãos
que o vinho novo da alegria chega novamente à humanidade – e o vinho novo é Ele
mesmo, Jesus Cristo, nosso salvador, que vem restituir nossa alegria de sermos
salvos e participantes da vida de Deus.
Deus nos quer felizes
junto a Ele! Para isto, em seus desígnios insondáveis, enviou-nos seu Filho
Único, nascido de Maria (cf. Gl 4,4). Nossa Senhora colaborou enormemente com a
obra de salvação, dizendo “sim” (eis-me aqui) a este projeto e apresentando-nos
seu Filho, vinho novo tão esperado pela humanidade. “Eis aqui a serva do Senhor” (Lc 1,38).
Por todo o Brasil são
muitas as manifestações de carinho do povo para com Nossa Senhora Aparecida. As
Missas, terços, procissões, romarias... É uma verdadeira festa de casamento – entre
Deus e seu povo. E é Maria quem nos permite irmos a estas bodas, intercedendo
por nossas necessidades. Caminhemos ao lado de Maria, ao encontro de Jesus!
* Para meditar as leituras desta solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, acesse: Arquidiocese de Mariana.
Comentários
Postar um comentário