Há uma só esperança

 
 

Ascensão do Senhor:
At 1,1-11
Sl 46
Ef 4,1-13
Mc 16,15-20

 

O Cristo Ressuscitado, depois de falar com seus discípulos, “foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus” (Mc 16,19). Triunfante no céu, Jesus é a fonte da esperança cristã. De fato, “há um só Corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados” (Ef 4,4). Que esperança é esta à qual somos chamados? A imortalidade do céu, a vida eterna que o Pai nos oferece através de seu Filho Jesus Cristo. Esta esperança é fonte de alegria e fortaleza diante das dificuldades da vida. Sofrimentos, dores, guerras... “tudo passa, só Deus não muda!” (Sta. Teresa de Jesus).

Um erro, contudo, seria ficarmos parados, de braços cruzados, projetando apenas para o futuro esta felicidade que Deus quer nos comunicar já agora. A esperança cristã não nos torna alienados! Foi o que os anjos disseram aos apóstolos (e a nós): “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus que vos foi levado para o céu, virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu” (At 1,11). É por isto que Deus nos dá uma missão: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15). E, para bem desempenhá-la, dá-nos também uma vocação: “vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes” (Ef 4,1). Enquanto aguardamos a felicidade definitiva, no céu, podemos e devemos procurar o aperfeiçoamento desta terra onde habitamos (cf. GS, n. 39).

Enquanto isso, o Cristo não subiu ao céu e ficou distante de nós! “Os discípulos saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam” (Mc 16,20). E isto Ele o faz de modo especial através do Espírito Santo, dom do Pai, que Cristo envia à sua Igreja em Pentecostes: “recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra” (At 1,8).

No dia 09/05, o Papa Francisco entregou a bula Spes non confundit, de proclamação do Jubileu do ano 2025, que terá como tema: “Peregrinos de esperança”. É um tema providencial. Em tempos difíceis, é preciso manter a esperança, que não decepciona nunca (cf. Rm 5,5). Diante das frustrações com nossa sociedade, exacerbadas pelas redes sociais, é fácil perder a esperança de tempos melhores. É o Cristo ressuscitado quem nos ensina a colocarmos toda a nossa esperança Nele mesmo. Caminhemos, peregrinos de esperança...

 

* Para meditar as leituras desta solenidade da Ascensão do Senhor, acesse: Arquidiocese de Mariana.

 

* Na última quarta-feira, em sua Audiência, o Papa Francisco refletiu sobre a virtude teologal da Esperança. Para ler, acesse: Vatican.

 

* Para ler a bula de proclamação do Jubileu da Esperança 2025, Spes non confundit, acesse: Vatican.

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