Tudo está consumado
Jo 13,1-15
Sl 30
Jo 18,1-19,42
Mc 16,1-7
Meditando
a Liturgia da Palavra dos dias do Tríduo Pascal, contemplamos Jesus totalmente
consciente de sua missão e inteiramente dedicado em cumpri-la até o fim: “tendo
amado os seus que estavam no mundo, amou-os
até o fim” (Jo 13,1). Prestes a morrer na cruz, Cristo teve consciência de
que cumpriu toda a sua missão: “Ele tomou o vinagre e disse: <Tudo está consumado>. E, inclinando
a cabeça, entregou o espírito” (Jo 19,30). Tudo está consumado! De fato, nos
últimos momentos de sua vida terrena, Cristo levou à plenitude tudo aquilo que
foi colocado em suas mãos.
Na
Quinta-feira Santa, Cristo leva à plenitude todos os ensinamentos dados nos
últimos anos aos seus discípulos. Lavando seus pés, Jesus ensina a eles o
caminho do serviço, que os torna semelhantes ao Mestre no esvaziamento de si e
no cuidado com a vida, especialmente dos mais sofredores: “Compreendeis o que
acabo de fazer? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou.
Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar
os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo,
para que façais a mesma coisa que eu fiz” (Jo 13,12-15).
Na
Sexta-feira da Paixão, Cristo se apresenta como o Servo sofredor. Assume as
dores e sofrimentos da condição humana com disposição e coragem, porque está
intimamente unido ao Pai. Assim, Jesus nos ensina que somente abandonados e
confiantes em Deus teremos força para cumprirmos nossa missão neste mundo. Por
nós mesmos, somos fracos. Com Deus, podemos tudo! “Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me
salvareis, ó Deus fiel!” (Sl 30,6).
Por
fim, na Vigília Pascal do Sábado Santo, contemplamos que Jesus consuma a missão
mais importante que o Pai lhe confiou desde toda a eternidade: salvar-nos em
sua Ressurreição, dar-nos vida nova, fazer-nos conscientes de sermos amados e criados
para vivermos em intimidade com Deus e com todas as criaturas. A mensagem
cristã é sempre uma mensagem de alegria: “Não vos assusteis! Vós procurais
Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele
ressuscitou. Não está aqui” (Mc 16,6).
Sigamos os passos de Jesus! Deixemo-nos ser modelados por seu mistério pascal – paixão, morte e ressurreição. Como Ele, cumpramos até o fim (e com alegria!) a nossa missão neste mundo!

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