Seguir... Permanecer... Conduzir...
1Sm 3,3b-10.19
Sl 39
1Cor 6,13c-15a.17-20
Jo 1,35-42
A
liturgia da Palavra deste 2º Domingo do Tempo Comum possui uma forte tônica
vocacional. Na primeira leitura, tirada do primeiro livro de Samuel,
contemplamos que Deus chama insistentemente o seu servo pelo nome: “Samuel,
Samuel!” (3,4.6.8.10). É o mesmo que acontece conosco! Deus nos chama pelo
nome, tem um projeto de vida para cada um de seus filhos. Quem quer ser
verdadeiramente feliz, deve dispor-se a escutar este chamado e a responder com
alegria: “Senhor, fala que teu servo escuta!” (3,9).
A
partir do evangelho de João, meditamos que toda verdadeira vocação é vivida a
partir de três momentos: seguimento,
intimidade e testemunho. Eles são expostos através dos verbos que se
repetem no texto bíblico: SEGUIR – PERMANECER – CONDUZIR.
SEGUIR.
Toda vocação é dom de Deus. Os discípulos começaram a seguir a Jesus após
escutarem o anúncio de João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus!” (1,36). É o
momento inicial do percurso vocacional, aquele do encantamento, quando se tem a
impressão de que tudo faz sentido, de que se encontrou finalmente o que era
procurado por toda a vida. Quem faz esta experiência, não luta mais contra a
vontade de Deus, mas abandona-se a ela: “Ouvindo estas palavras, os dois
discípulos seguiram Jesus” (1,37).
PERMANECER.
“Foram pois ver onde ele morava e, nesse dia, permaneceram com ele” (1,39). Não basta um momento inicial de boa
vontade. Não basta um ímpeto de fazer a vontade de Deus, que logo se esvai,
como “fogo de palha”. É preciso dia a dia alimentarmos uma relação de
intimidade com Jesus, o autor de nosso chamado. É possível imaginarmos quantas
vocações se perderam pelo caminho, após caírem na tentação da autossuficiência,
do relaxamento na vida de oração, no crescimento espiritual... O convite de
Jesus é sempre novo: “Permanecei no meu amor” (15,9). “Volta ao teu primeiro amor”
(cf. Ap 2,4-5).
CONDUZIR.
Por fim, quem encontra-se com a alegria do chamado, que transforma a vida do
discípulo, não tem outra atitude a não ser anunciar o Cristo a todos. “André,
irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram as palavras de João e
seguiram a Jesus. Então André conduziu
Simão a Jesus” (1,40.42). “O encontro com Jesus tem algo de contagiante.
Transforma-se imediatamente em testemunho. O discípulo se torna sinal” (B.
Maggioni).
A
que Deus me chama? Tenho correspondido à minha vocação?
* Para meditar as leituras deste 2º Domingo do Tempo Comum, acesse: Arquidiocese de Mariana.
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