A Ele deverás escutar

  

4º Domingo do Tempo Comum:
Dt 18,15-20
Sl 94
1Cor 7,32-35
Mc 1,21-28

 

            No Domingo passado, escutávamos Jesus anunciando: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!” (Mc 1,15). A vinda do Reino de Deus, que o povo de Israel esperava há tanto tempo, chegou finalmente através de Jesus de Nazaré, o Filho de Deus. É Ele quem cumpre o que Moisés disse no livro do Deuteronômio: “O Senhor teu Deus fará surgir para ti, da tua nação e do meio de teus irmãos, um profeta como eu: a ele deverás escutar” (18,15).

            No trecho do evangelho de Marcos que escutamos neste Domingo, ambientado na sinagoga de Cafarnaum, encontramos dois motivos para reconhecermos em Jesus o profeta esperado pelo povo. O primeiro é o seu ensinamento sobre a Palavra, ensinamento dado com autoridade, por alguém que verdadeiramente acredita e pratica o que está dizendo, diferentemente dos mestres da Lei daquele tempo. O segundo é que este ensinamento é manifestado como verdadeiro, através do primeiro milagre de Jesus no evangelho de Marcos, a expulsão de um espírito mau que atormentava um homem. “E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: ‘O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!’. E a fama de Jesus logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia” (1,27-28).

            Todo o evangelho de Marcos parece ser construído para responder à pergunta: quem é Jesus? No trecho proclamado neste Domingo, é o homem possuído pelo espírito mau quem professa: “Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus” (1,24). Se pela fé reconhecemos que Jesus é o Filho de Deus, não pode haver outra opção: é preciso escutá-lo! Depois, quem o escuta, coloca em prática suas palavras, configura-se totalmente a Ele! Mas, se pensarmos bem, quanto tempo de nosso dia nós dedicamos à escuta de Jesus, pela oração? Cada um pode calcular: em minha vida, quem está ganhando? Jesus ou o telefone celular?

            Estamos iniciando o Ano da Oração, convocado pelo papa Francisco em preparação para o Jubileu do ano 2025. A oração é um auxílio precioso e indispensável para aumentarmos nossa fé em Jesus, Filho de Deus, para escutarmos sua voz e, assim, nos configurarmos totalmente à sua vida. Não percamos tempo!

 

* Para meditar as leituras deste 4º Domingo do Tempo Comum, acesse: Arquidiocese de Mariana.

 

* Para entender melhor o que será o Ano da Oração, acesse: Vatican News.

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