Muito bem, servo bom e fiel!
33º Domingo do Tempo Comum:
Sl 127
1Ts 5,1-6
Mt 25,14-30
Como
meditávamos anteriormente, a Liturgia da Palavra no final do ano litúrgico nos
coloca diante da realidade da vinda definitiva de Cristo, para “julgar os vivos
e os mortos”, como professamos em nossa fé. Neste Domingo, a parábola contada
por Jesus é a do patrão que iria viajar para longe e que, para cuidar de seus
bens, distribuiu-os entre seus empregados: “a um deu cinco talentos, a outro
deu dois e ao terceiro, um” (Mt 25,15). Ao retornar, após longa e demorada viagem,
o patrão quis acertar as contas com seus empregados e receber os talentos
emprestados. Os dois primeiros trabalharam bem o valor que haviam recebido e
entregaram ao patrão o dobro da quantia inicial. O terceiro, medroso e
medíocre, devolveu ao patrão a mesma quantia que recebeu, pois escondeu-a no
chão, por medo.
A
parábola de Jesus é clara. Deus é o patrão, do qual nós (os empregados)
recebemos todos os dons que possuímos em nossa vida. O Reino de Deus virá de
uma maneira definitiva e então teremos de prestar contas a Deus sobre como
administramos os talentos que Ele nos concedeu. O que o patrão disse aos dois
primeiros empregados é o que nós também desejamos, um dia, escutar: “Muito bem,
servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te
confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!” (25,23).
Esta
mensagem deve nos interpelar profundamente, deve nos fazer olhar para nossas
vidas, para nosso modo de agir diante dos dons que Deus nos dá. Uma sábia monja
visitandina lembrou um texto de São Paulo que diz: “CADA UM de nós recebeu a
graça [um dom] na medida em que Cristo lha deu” (Ef 4,11). Pode ser importante
que cada um se pergunte: qual é o dom
especial que Deus me deu? Perguntar-se sobre isto não fará com que fiquemos
vaidosos – como sabemos, nada é mérito nosso, mas sempre graça/dom de Deus...
Após
este discernimento, é importante se pensar, à luz da Palavra de Deus: como tenho correspondido a este dom que
Deus me dá? Tenho feito com que ele produza frutos para a glória de Deus e
a santificação das pessoas à minha volta? Ou tendo sido medíocre e enterrado
meus dons por medo de me expor? A oração de Santo Inácio nos ajuda: “todos os
dons que me destes, com gratidão vos devolvo; disponde deles, Senhor, segundo a
vossa vontade. Dai-me somente o vosso amor, vossa graça – isto me basta, nada
mais quero pedir”!
* Para meditar as leituras deste 33º
Domingo do Tempo Comum, acesse: Vatican News.
* Para rezar/cantar a oração de Santo Inácio de Loyola, acesse: YouTube.

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