Ficai vigiando
Sl 62
1Ts 4,13-18
Mt 25,1-13
Estamos
quase chegando ao final do ano litúrgico. Nos últimos Domingos do Tempo Comum, a
comunidade cristã medita sobre a volta de Cristo e a necessidade de nos
prepararmos bem para o acolhermos da melhor maneira possível. É este o sentido
da parábola contada por Jesus. O contexto é o de uma festa de casamento. As dez
jovens que deveriam acompanhar a noiva à residência do noivo não esperaram da
mesma maneira: umas foram previdentes e levaram óleo suficiente para abastecer
suas lâmpadas, enquanto outras não o foram e, quando o noivo chegou, tiveram
que sair para comprar óleo, acabando por ficar de fora da festa. É Jesus quem explica
o sentido da parábola: “Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o
dia, nem a hora” (Mt 25,13).
De
fato, não sabemos qual será o dia, nem a hora – não depende de nós! Mas a
preparação para este momento, de nosso encontro definitivo com Jesus, esta sim
depende de cada pessoa, individualmente. A vida cristã é como a chuva que cai
serena e penetra os campos, dando fertilidade e fazendo frutificar. A chuva
forte, que faz enxurrada, ao invés de fecundar e preparar a terra, acaba por
lavá-la e impedir que ela produza os frutos necessários. Da mesma forma, o óleo
que podemos trazer junto a nós não são os momentos estrondosos, mas o dia-a-dia
de nossa convivência com Deus: nossa oração pessoal silenciosa, nossas obras
desconhecidas dos que estão à nossa volta, nossa fé que amadurece a cada dia e
nos torna dispostos a acolher o Reino – quando, onde e como for da vontade de Deus.
Quem
tem esta postura de constante vigilância sobre suas atitudes, buscando
encontrar a Sabedoria nas pequenas coisas da vida, “não se cansará, pois a
encontrará sentada à sua porta. Meditar sobre ela é a perfeição da prudência; e
quem ficar acordado por causa dela, em breve há de viver despreocupado” (Sb
6,14-15).
Conta-se
uma bela história da vida de São Luís Gonzaga (1568-1591), patrono da juventude
e dos seminaristas. Certa vez, perguntaram a ele: “o que você faria se soubesse
que iria morrer agora?”. Certamente esperavam que ele dissesse que iria correndo
à igreja para se confessar, ou que iria despedir-se de seus familiares...
Contudo, o santo disse: “eu simplesmente continuaria a fazer a mesma coisa que
já estou fazendo”. Que bela lição! E nós, poderemos ter esta mesma tranquilidade
no momento de nosso encontro com Deus?
* Para meditar as leituras deste 32º
Domingo do Tempo Comum, acesse: Arquidiocese de Mariana.
* Para conhecer um pouco mais sobre a história de São Luís Gonzaga, acesse: Vatican News.
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