Vinde para a festa!
Sl 22
Fl 4,12-14.19-20
Mt 22,1-14
Os
judeus do tempo de Jesus usavam a imagem do banquete para representar a chegada
do reino messiânico. Quando o Messias chegasse, o povo sofrido de Israel poderia
finalmente saciar-se com sua presença e encontrar a felicidade. Isaías estende a
expectativa desta alegria para toda a humanidade: “O Senhor dos exércitos dará
neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias, regado com
vinho puro, servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos” (25,6).
É
isto que está por trás da parábola contada por Jesus: “O Reino dos Céus é como
a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. E enviou seus
empregados, dizendo: <Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois
e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a
festa!>" (cf. Mt 22,2.4). Jesus é o Messias esperado por Israel, Ele veio
trazer o banquete da felicidade eterna para a humanidade. Os primeiros
convidados (que simbolizam Israel) “não deram a menor atenção” (22,5), o que
fez com que o rei estendesse o convite aos outros, que se encontravam pelas “encruzilhadas
dos caminhos” (22,9), isto é, os pecadores e os povos pagãos.
A
meditação deste trecho do evangelho de Mateus ajuda a nos avaliarmos sobre como
tem sido nosso desejo e empenho em participar do banquete de salvação dado por
Cristo a todos nós. É Ele mesmo quem se oferece em alimento à comunidade
cristã, reunindo-nos de modo especial a cada Domingo, dia do Senhor, para nos
sustentar com sua Palavra e seu Corpo e Sangue. Temos sido gratos por isto e
procurado responder nosso sim a este convite? Ou fazemos como aqueles
convidados que ignoraram o que lhes era dado? “Um foi para o seu campo, outro
para os seus negócios” (22,5)... Quais são as minhas prioridades?
Mas
não basta aceitarmos o convite para participarmos do banquete de Cristo e irmos
para esta festa de qualquer maneira. No final do trecho proclamado, ao entrar
para ver os convidados, “o rei observou aí um homem que não estava usando traje de
festa” (22,11) e expulsou-o. Talvez o traje necessário para participar da festa
de Cristo seja a humildade, de quem sabe que foi chamado por Cristo e que não é em
nada melhor do que quem ainda não aceitou o convite para estar lá. Um cristão
que se julga melhor por ser frequente na vida da Igreja e, em suas atitudes,
afasta os irmãos de participarem desta festa, está longe do Reino dos Céus...
* Para meditar as leituras deste 28º Domingo do Tempo Comum, acesse: Arquidiocese de Mariana.

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