Vinde para a festa!


28º Domingo do Tempo Comum:
Is 25,6-10a
Sl 22
Fl 4,12-14.19-20
Mt 22,1-14

 

            Os judeus do tempo de Jesus usavam a imagem do banquete para representar a chegada do reino messiânico. Quando o Messias chegasse, o povo sofrido de Israel poderia finalmente saciar-se com sua presença e encontrar a felicidade. Isaías estende a expectativa desta alegria para toda a humanidade: “O Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro, servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos” (25,6).

            É isto que está por trás da parábola contada por Jesus: “O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. E enviou seus empregados, dizendo: <Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!>" (cf. Mt 22,2.4). Jesus é o Messias esperado por Israel, Ele veio trazer o banquete da felicidade eterna para a humanidade. Os primeiros convidados (que simbolizam Israel) “não deram a menor atenção” (22,5), o que fez com que o rei estendesse o convite aos outros, que se encontravam pelas “encruzilhadas dos caminhos” (22,9), isto é, os pecadores e os povos pagãos.

            A meditação deste trecho do evangelho de Mateus ajuda a nos avaliarmos sobre como tem sido nosso desejo e empenho em participar do banquete de salvação dado por Cristo a todos nós. É Ele mesmo quem se oferece em alimento à comunidade cristã, reunindo-nos de modo especial a cada Domingo, dia do Senhor, para nos sustentar com sua Palavra e seu Corpo e Sangue. Temos sido gratos por isto e procurado responder nosso sim a este convite? Ou fazemos como aqueles convidados que ignoraram o que lhes era dado? “Um foi para o seu campo, outro para os seus negócios” (22,5)... Quais são as minhas prioridades?

            Mas não basta aceitarmos o convite para participarmos do banquete de Cristo e irmos para esta festa de qualquer maneira. No final do trecho proclamado, ao entrar para ver os convidados, “o rei observou aí um homem que não estava usando traje de festa” (22,11) e expulsou-o. Talvez o traje necessário para participar da festa de Cristo seja a humildade, de quem sabe que foi chamado por Cristo e que não é em nada melhor do que quem ainda não aceitou o convite para estar lá. Um cristão que se julga melhor por ser frequente na vida da Igreja e, em suas atitudes, afasta os irmãos de participarem desta festa, está longe do Reino dos Céus...

 

* Para meditar as leituras deste 28º Domingo do Tempo Comum, acesse: Arquidiocese de Mariana.

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