Qual é o maior mandamento?

 

30º Domingo do Tempo Comum:
Ex 22,20-26
Sl 17
1Ts 1,5c-10
Mt 22,34-40

 

            Os fariseus perguntam a Jesus, para experimentá-lo: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”. Ao que Jesus responde: “‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!’. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos” (22,36-40). Amar a Deus e ao próximo... É uma daquelas mensagens tão claras de Jesus, que poderiam dispensar qualquer outra reflexão sobre elas. Mas como, em geral, as coisas mais simples são também as mais difíceis de serem vividas, meditemos um pouco mais sobre esta exortação.

            Jesus disse que toda a Lei e os profetas (isto é, toda a Sagrada Escritura conhecida até então), dependem desses dois mandamentos. Sem dúvidas é assim. No livro do Deuteronômio, Moisés já havia declarado: “Escuta, Israel! O Senhor é nosso Deus, o Senhor é um. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e com toda a tua força” (6,4-5). E, no livro do Levítico, é o próprio Deus quem diz: “Não procurarás vingança, nem guardarás rancor contra os filhos de teu povo. Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (19,18). É bela, portanto, a síntese feita por São João destes mandamentos: “Se alguém disser: “Amo a Deus’, mas odeia o seu irmão, é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4,20).

            Certamente todos nós acreditamos que amamos a Deus, do contrário nem mesmo perderíamos tempo com um texto como este. Mas é sempre oportuno que cada um se pergunte: como tem sido a qualidade de meu amor por Deus? Tenho manifestado este amor com uma vida nova, no convívio com meus irmãos? Como fazer isso?

Não há, certamente, uma resposta pronta. Cada um deve perceber em que estágio está e onde precisa melhorar. O livro do Êxodo (22,20-26) nos ajuda a perceber que esse amor se dá nas situações mais banais e concretas do dia-a-dia: acolher o estrangeiro, amar os mais pobres e sofredores... Gestos simples (mas não fáceis!), como perdoar, escutar, acolher, silenciar e dialogar podem fazer uma verdadeira revolução na vida de quem os pratica e na de quem os recebe. Na dificuldade de praticá-los, peçamos a Jesus que nos mostre o caminho!

 

* Para meditar as leituras deste 30º Domingo do Tempo Comum, acesse: Arquidiocese de Mariana.

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