E vós, quem dizeis que eu sou?
Sl 137
Rm 11,33-36
Mt 16,13-20
Na
liturgia da Palavra deste Domingo, Jesus conduz seus discípulos a avançarem na sua
experiência de fé. A primeira pergunta que lhes faz é: “Quem dizem os homens
ser o Filho do Homem?” – à qual os discípulos respondem prontamente: “Alguns
dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou
algum dos profetas” (Mt 16,13-14). Então Jesus dirige a eles uma nova pergunta,
mais emblemática, pois exige deles um posicionamento concreto: “E vós, quem
dizeis que eu sou?” (16,15).
É
a pergunta que o Cristo faz também a nós, hoje: quem dizeis que eu sou? Não é
difícil encontrarmos respostas prontas para esta pergunta: certamente, depois
de nossa experiência de catequese e de participação na vida de comunidade,
temos muitas definições em mente. Contudo, mesmo que elas sejam importantes,
Jesus parece se interessar por algo mais profundo e original, ou seja, a
experiência que cada um pode fazer com Ele, experiência que vai além de
conceitos abstratos, mas surge a partir de um encontro com uma Pessoa que nos salva,
dando “à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (Bento XVI).
Quem
é Jesus para mim? Será que o Cristo é realmente isto que pretendo que Ele seja
ou alguém muito diferente? À nossa volta, há muita gente que fala o tempo todo
de Deus – basta dar uma olhada nas redes sociais, nos meios de comunicação. Mas
será que esse Deus realmente existe? Muitas vezes, Ele é apresentado mais como
um “anestésico” para aliviar consciências, do que como alguém que realmente me
faz repensar meu modo de ser e deixar minhas ambições pessoais para viver
totalmente em comunhão com Ele e com a sua vontade.
Neste
sentido, Pedro – que é sempre figura da unidade da Igreja – nos oferece uma
resposta que deve ser o parâmetro para avaliarmos como tem sido a nossa
experiência com Jesus. À pergunta do Mestre, “Simão Pedro respondeu: <Tu és
o Messias, o Filho do Deus vivo>” (16,16). Reconhecer Jesus como o Messias
vindo ao mundo, significa colocá-lo como Senhor de nossas vidas, adequando
nosso modo de ser à fé que professamos, pois, “na verdade, tudo é dele, por ele
e para ele. A ele a glória para sempre. Amém!” (Rm 11,36).
Neste
Domingo, celebramos a vocação à vida laical e o dia dos Catequistas. Há 40 anos
era publicado no Brasil o importante documento “Catequese Renovada”, que
insistiu que o processo catequético se dá não apenas através do aprendizado de
doutrinas distantes, mas num encontro verdadeiro com Jesus. Que Deus abençoe os
catequistas por todo bem que têm feito à Igreja, conduzindo tantas pessoas a
encontrarem-se com Jesus e a viverem como Ele!
* Para meditar as leituras deste 21º
Domingo do Tempo Comum, acesse: Arquidiocese de Mariana.
* Para ler a mensagem de Dom Leomar
Antônio Brustolin para os catequistas, acesse: CNBB.
* Neste Domingo (27.08), completam-se 17 anos do falecimento do Servo de Deus Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana. Para conhecer sua história, acesse: Arquidiocese de Mariana.
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