E vós, quem dizeis que eu sou?


 

21º Domingo do Tempo Comum:
Is 22,19-23
Sl 137
Rm 11,33-36
Mt 16,13-20

 

            Na liturgia da Palavra deste Domingo, Jesus conduz seus discípulos a avançarem na sua experiência de fé. A primeira pergunta que lhes faz é: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” – à qual os discípulos respondem prontamente: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas” (Mt 16,13-14). Então Jesus dirige a eles uma nova pergunta, mais emblemática, pois exige deles um posicionamento concreto: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (16,15).

            É a pergunta que o Cristo faz também a nós, hoje: quem dizeis que eu sou? Não é difícil encontrarmos respostas prontas para esta pergunta: certamente, depois de nossa experiência de catequese e de participação na vida de comunidade, temos muitas definições em mente. Contudo, mesmo que elas sejam importantes, Jesus parece se interessar por algo mais profundo e original, ou seja, a experiência que cada um pode fazer com Ele, experiência que vai além de conceitos abstratos, mas surge a partir de um encontro com uma Pessoa que nos salva, dando “à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (Bento XVI).

            Quem é Jesus para mim? Será que o Cristo é realmente isto que pretendo que Ele seja ou alguém muito diferente? À nossa volta, há muita gente que fala o tempo todo de Deus – basta dar uma olhada nas redes sociais, nos meios de comunicação. Mas será que esse Deus realmente existe? Muitas vezes, Ele é apresentado mais como um “anestésico” para aliviar consciências, do que como alguém que realmente me faz repensar meu modo de ser e deixar minhas ambições pessoais para viver totalmente em comunhão com Ele e com a sua vontade.

            Neste sentido, Pedro – que é sempre figura da unidade da Igreja – nos oferece uma resposta que deve ser o parâmetro para avaliarmos como tem sido a nossa experiência com Jesus. À pergunta do Mestre, “Simão Pedro respondeu: <Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo>” (16,16). Reconhecer Jesus como o Messias vindo ao mundo, significa colocá-lo como Senhor de nossas vidas, adequando nosso modo de ser à fé que professamos, pois, “na verdade, tudo é dele, por ele e para ele. A ele a glória para sempre. Amém!” (Rm 11,36).

            Neste Domingo, celebramos a vocação à vida laical e o dia dos Catequistas. Há 40 anos era publicado no Brasil o importante documento “Catequese Renovada”, que insistiu que o processo catequético se dá não apenas através do aprendizado de doutrinas distantes, mas num encontro verdadeiro com Jesus. Que Deus abençoe os catequistas por todo bem que têm feito à Igreja, conduzindo tantas pessoas a encontrarem-se com Jesus e a viverem como Ele!

 

* Para meditar as leituras deste 21º Domingo do Tempo Comum, acesse: Arquidiocese de Mariana.

 

* Para ler a mensagem de Dom Leomar Antônio Brustolin para os catequistas, acesse: CNBB.

 

* Neste Domingo (27.08), completam-se 17 anos do falecimento do Servo de Deus Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana. Para conhecer sua história, acesse: Arquidiocese de Mariana.

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