Sois amor, paciência e perdão


 16º Domingo do Tempo Comum:
Sb 12,13.16-19
Sl 85
Rm 8,26-27
Mt 13,24-43

 

            Seguimos meditando, neste Domingo, as conhecidas “Parábolas do Reino” presentes no evangelho de Mateus. No início de seu ministério público, Jesus já havia dito a seus discípulos: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo” (Mt 4,17). Agora, com uma linguagem simples e acessível para aqueles que o escutam, o Senhor explica como é este Reino que Ele veio trazer ao mundo, da parte do Pai.

            O Reino dos Céus, antes de tudo, não é impositivo, mas uma semente plantada por Deus no terreno do coração humano, que frutificará de acordo com o modo como acolhemos esta mensagem – “A semente que caiu em boa terra é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto” (3,23), como escutamos no último Domingo.

            Jesus nos ensina também que este Reino não vem pronto, eliminando o sofrimento e as contrariedades da vida. O Reino dos Céus, ao invés, pode ser caracterizado pela imagem do trigo e do joio, que crescem juntos, até o momento em que são colhidos e separados. Não é difícil percebermos a realidade desta imagem. Em nossa vida, quantas coisas gostaríamos que fossem diferentes: em nossas atitudes, nas consequências negativas do que fizemos no passado, na forma como as pessoas lidam conosco... Também a Igreja, “sendo feita de homens e vivendo mergulhada no mundo, corre continuamente o risco de se contaminar com o mundo e ver crescer em suas fileiras o joio ao lado do trigo” (Missal da Assembleia Cristã).

Mas... “quem tem ouvidos, ouça” (3,43): precisamos ter paciência! Os empregados (todos nós) querem acabar de uma vez com os problemas e perguntam ao dono: “queres que vamos arrancar o joio?” (13,28). Já o dono do Reino (que é Deus), aguarda o tempo certo da colheita, quando o trigo será colocado no celeiro e se tornará alimento, enquanto o joio será lançado no fogo (cf. 3,30). Nossa fé nos ensina a esperarmos em Deus, que, em seus mistérios impenetráveis, pode tirar o bem inclusive do mal que está no mundo: “Vós, porém, sois clemente e fiel, sois AMOR, PACIÊNCIA e PERDÃO” (Sl 85,15).

Neste Domingo, celebramos também o III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, que tem como tema “De geração em geração, a sua misericórdia” (cf. Lc 1,50). É momento apropriado para contemplarmos na vida dos idosos a boa semente, que tanto quer produzir frutos para o mundo. Que também os jovens, neste encontro de gerações, sejam o terreno fértil no amor aos idosos, especialmente os que vivem sozinhos, e acolhendo a sua experiência, reconheçam “o dom de pertencerem a uma história maior” (Papa Francisco).

 

* Para meditar as leituras deste 16º Domingo do Tempo Comum, acesse: Arquidiocese de Mariana.

 

* Para ler a bela mensagem do Papa Francisco por ocasião do III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, acesse: Vatican.

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