Não tenhais medo!
Sl 68
Rm 5,12-15
Mt 10,26-33
Escutávamos
no último Domingo a necessidade de irmos pelo mundo, anunciando a mensagem de
Cristo: “Em vosso caminho, anunciai: <O Reino dos Céus está próximo>” (Mt
10,7). Trata-se da essência da Igreja e de cada cristão: ser missão, por palavras
e pelo testemunho. Mas, após chamar os discípulos, Jesus também os adverte
sobre as perseguições a que estarão sujeitos neste caminho: “Lembrai-vos da palavra
que eu vos disse: <O servo não é maior que seu senhor>. Se me
perseguiram, perseguirão também a vós” (Jo 15,20).
O
medo do sofrimento e das perseguições, portanto, não pode paralisar os
seguidores de Cristo no anúncio do Evangelho, pois “nada há de escondido que
não seja conhecido” (Mt 10,26). É por isso que o Senhor repete por três vezes
no trecho do evangelho proclamado neste Domingo: “Não tenhais medo” (10,26.28.31).
Para que evitem o medo, Jesus não dá a seus seguidores uma arma com a qual
pudessem competir com as injúrias de seus perseguidores. Dá-lhes, antes, a
garantia de estarem sendo vistos pelo Pai: “portanto, todo aquele que se
declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele
diante do meu Pai que está nos céus” (10,32).
Também
Jeremias, que foi um profeta muito perseguido em seu tempo, experimentou a
força desta mensagem: “Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando
o medo em redor: <Denunciai-o, denunciemo-lo>... Mas o Senhor está ao meu
lado, como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem cairão vencidos” (20,10s).
Perseguição dos homens e abandono total nas mãos de Deus foram os sentimentos
mais presentes na vida de tantos mártires, que testemunharam Cristo com o
próprio sangue – inclusive, foi este o evangelho proclamado na beatificação de
Isabel Cristina, virgem e mártir: “Não tenhais medo daqueles que matam o corpo,
mas não podem matar a alma!” (Mt 10,28).
Outros
seguidores de Cristo, que não sofreram o martírio de sangue, deram também
testemunho fiel do Evangelho diante de incompreensões e provações. São João da
Cruz e Santa Teresinha do Menino Jesus, ambos carmelitas, foram sinais
luminosos para toda a Igreja de fidelidade à vontade de Deus, sem se preocuparem
com a aceitação ou não de seus contemporâneos. Não tinham qualquer desejo de
ser amados ou reconhecidos pelos homens; sua única preocupação era cumprir a
vontade de Deus. E muitos outros (uma multidão!) foram os que, no anonimato e
bem perto de nós, fizeram esta mesma experiência...
* Para meditar as leituras deste 12º
Domingo do Tempo Comum, acesse: Canção Nova.
* Para conhecer a história da Beata
Isabel Cristina, acesse: Paróquia Nª. Sra. da Piedade.
* Para conhecer a história de São João da Cruz, acesse: YouTube.

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