Eis o Cordeiro de Deus


 
Leituras:
Is 49,3.5-6
Sl 39
1Cor 1,1-3
Jo 1,29-34

 

            Estamos iniciando o Tempo Comum, período em que podemos olhar mais aprofundadamente para a vida pública de Jesus, através de sua convivência com os discípulos e seus ensinamentos dados a nós. Ressoa forte neste Domingo a exclamação de João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Certamente aqui está o segredo de toda a vida cristã, condensado numa frase que é repetida a cada celebração da Eucaristia: olhar para Jesus, perceber Nele o único meio para vencer as trevas do pecado e do mal no mundo, testemunhá-lo com convicção.

            Não há outro modo de superação do pecado. E, por pecado, devemos entender tanto o pecado em sentido pessoal, isto é, a luta pela conversão e superação de si mesmo que cada um de nós trava diariamente, quanto também o pecado social, enquanto estrutura presente na sociedade. E são tantos os sinais de sua existência à nossa volta: violência, intolerância, guerras, secularismo, indiferentismo... É preciso manter “os olhos fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé” (cf. Hb 12,2). Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

            Ao iniciarmos este novo tempo litúrgico, pode ser válido assumirmos o compromisso de usarmos de todos os meios que Deus nos concede para contemplarmos com confiança a pessoa de Jesus de Nazaré, o Cordeiro de Deus. Estes meios são muitos: a celebração da Santa Missa aos domingos e até diariamente conforme as possibilidades, a leitura constante da Bíblia (uma dica é começar por um dos quatro evangelhos), a frequência no sacramento da Penitência, a oração pessoal diária, a meditação dos principais mistérios de Cristo através do Rosário, o exame de consciência a cada noite, antes de dormirmos...

            Olhar para Cristo, Cordeiro de Deus, e permitir que Ele arranque o pecado de meu coração é um trabalho de uma vida inteira, é preciso perseverança. Mas as grandes mudanças começam com pequenas atitudes e a transformação do mundo não surge do nada, mas de transformações individuais de mentalidade. Deus quer fazer de cada um de nós “luz das nações” (Is 49,6). Respondamos a Ele: “Eis que venho! Com prazer faço a vossa vontade” (Sl 39,8-9).

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